sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No vale das pedras

E lá vou eu novamente tomar emprestado as palavras de Paulo Coelho aqui no blog. Como a vida é estranha e cheia de artimanhas...mas em fim, ele disse:

“No momento em que começa a andar, um guerreiro da luz reconhece o Caminho. Cada pedra, cada curva, lhe dá as boas vindas. Ele identifica-se com as montanhas e riachos, vê um pouco de sua alma nas plantas, nos animais, e nas aves do campo. [...]Em certas noites não tem onde dormir, em outras sofre de insônia. ‘Isto faz parte’, pensa o guerreiro. ‘Fui eu quem decidiu seguir por aqui’.”

Escolhi esse trecho, pois concordo muito com a frase “isto faz parte...fui eu quem decidiu seguir por aqui”. Por mais difícil que seja somos nós quem escolhemos o caminho a seguir. Às vezes, nos mais duros momentos, eu penso “ok, isto faz parte do treinamento”. E então, aceitando as dificuldades como parte do caminho e como uma oportunidade para crescer, tudo o que mais difícil parece ser acaba por tornar-se mais ameno. É como se, ao caminhar por um vale de pedras, não encarar as pedras como obstáculos, mas sim como pontos de repouso, algo que ajude ao invés de atrapalhar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

a Terra sob pena de morte

A vida é um ciclo, nascer, viver, morrer, nascer, viver...
Se pararmos para prestar atenção veremos que na natureza também existem ciclos, e que, na realidade, tudo é cíclico.
Aí eu olho pela janela num dia lindo como é hoje, e penso “como gostaria de sair e dar uma volta, um passeio” e acabo me perguntando “quantas pessoas não gostariam de fazer o mesmo?”

Muitas...com certeza muitas pessoas prefeririam largar o que estão fazer e dar um passeio...mas poucas, poquíssimas!, realmente o farão. Ok, temos nossas responsabilidades sim. Mas aí retomo os ciclos...quanto mais trabalhamos mais produzimos, quanto mais produzimos mais dinheiro ganhamos, quanto mais ganhamos mais gastamos. E gastamos naquilo que nós e que outros produziram...então, se não produzíssemos tanto também não necessitaríamos comprar tanto e acabaria sobrando mais tempo para um passeio num dia de sol...

E o pior não é somente o passeio que não acontecerá hoje, mas sim a mordida que damos no Planeta, nossa pegada ecológica que aumenta, produzindo e consumindo sem real necessidade.
Outro dia me deparei com a seguinte notícia:

“No próximo sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).”

Isso quer dizer que nós gastamos em apenas 9 meses o que deveríamos ter gasto em 12! Será que alguém acredito que o Planeta vai se safar enquanto nós estivermos aqui, com essas idéias?!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As vezes é bom olhar pra trás

Outro dia ouvi uma pequena história que me chamou a atenção, não sei de qual cultura veio, se é de alguma religião ou grupo...mas não importa de onde veio, o que importa é a idéia. Na verdade nem é bem uma história, está mais para um provérbio ou coisa assim, mas a idéia é mais ou menos a seguinte:

Seguimos na vida em fila indiana, um atrás do outro. Cada um de nós carrega duas bolsinhas presas ao corpo, uma no peito e uma nas costas. Na bolsinha do peito carregamos nossas qualidade, e na das costas carregamos os nossos defeitos. E é por isso que cada um só consegue ver as suas qualidades e os defeitos dos outros!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reflexões

Talvez seja no exato momento em que tocamos no futuro que ele perece, ao tornar-se presente e deixar de ser futuro. E se é assim, então o futuro é algo inatingível, pois uma vez que o alcançamos, torna-se presente, e logo em seguida passado...

Há algo muito além de nossa percepção entre presente, futuro e o próprio passado. Mas o passado é algo que está num cômodo diferente em relação a nós, pois ele é o único imutável, uma vez que não se pode voltar, fisicamente, ao passado...(pelo menos por enquanto!)

Nossa percepção é individual, é única, assim como nossas sensações de futuro e de presente. Quantas vezes ao sonhar conseguimos visualizar o futuro, mas o futuro, tal qual um animal selvagem, se esquiva diante de qualquer aproximação?! E mesmo acordados, quantas vezes já podemos ter nos confrontado com o futuro num lampejo de idéia, numa imagem borrada, numa visão que surge ao acaso, quem poderia saber disso?!

Por vezes podemos sentir um dejá vu, pensar que aquele momento, aquela sensação, já foi antes vivenciada da mesma forma que naquele momento se apresenta. A ciência, mãe dos descrentes e que sobrevive da própria incerteza, atribui o dejá vù a um erro, uma falha no cérebro, onde o que está se vivendo é lançado diretamente na memória de longo prazo, ao invés de ficar na memória recente, assim, continuamos com nosso “contador” de tempo no presente enquanto a situação está no compartimento do passado. É uma explicação razoável para muitos casos, mas será esta a única opção?

Penso que um dejá vù pode ser mais do que um erro do cérebro, pode ser um túnel, uma conexão, um elo de ligação entre o passado e o presente, da mesma forma que algumas pessoas têm o dom de predizer o que irá acontecer. Estas pessoas, os profetas, conseguem de alguma forma ver o futuro como se ele fosse o presente...conseguem encontrar esta ligação entre presente e futuro. E para mim, encontrar esta ligação de forma visual, auditiva, ou numa sinestesia generalizada, é como encontrar uma única flor branca em meio a um imenso campo florido. É algo raro, mas perfeitamente possível!

Mas talvez sejam inúmeras as vezes que, pessoas comuns como a maioria de nós, conseguem ver o futuro, seja dormindo ou acordado, mas não conseguem lembrar ao acordar, ou não dão valor a estas visões, ou ainda, o futuro, incerto como é, acaba por alterar-se numa velocidade maior do que podemos perceber. E, uma pequena modificação aqui, nesse instante, pode gerar uma mega modificação ali adiante, dentro do que chamamos “efeito borboleta”.

Então, o que nos resta é viver o presente, mas sem nos esquecer de que há um sentindo de transformação, de mudança constante na vida, no universo...tudo, absolutamente tudo, caminha em direção a busca do equilíbrio! E às vezes o equilíbrio só consegue surgir a partir do caos, isso é algo que devemos ter em mente sempre, para não desanimar diante dos problemas...pois, “da desordem surge uma nova ordem”...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Somos monstros...

Há 65 anos o ser humano confirmou sua imensa ignorância, seu imenso egoísmo, sua perversidade, sua falta de humanidade...

6 de agosto de 1965 - Hiroshima
9 de agosto de 1965 - Nagasaki


Muitos morreram, os Hibakusha (pessoas afetadas pela explosão) sobreviventes sentiram uma vida de dor e solidão, transmitida jundo aos seus genes mutados através de gerações. É uma dor que vai se diluindo conforme passa o tempo, mas tenho certeza que jamais será esquecida! Permanecerá para sempre na memória...

Nós somos os monstros nesse Planeta...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Neve e vendavais

O frio novamente está aqui.
Estamos tendo uma estação intensa de frio e chuvas...e cada vez será pior, com temperaturas mais bruscas, com mais vendavais, com inundações, secas e por aí vai...
São reflexos do modo como tratamos o Planeta. Mas aí alguém poderia questionar "a Terra já não sofreu com o efeito estufa outras vezes?"
Sim! Certamente...o detalhe é que, se nas outras vezes as mudanças levavam anos para acontecer, às vezes 100 anos para notar um aumento do nível do mar em poucos centímetros, por exemplo, agora notamos isso em menos de uma década!
Estamos acelerando o ciclo natural do Planeta e, se já não bastasse, ainda estamos acabando com os mecanismos de regulação térmica da Terra...sim, óbvio, são atos recursivos!

Acredito que torne-se cada vez mais comum ver notícias de "catástrofes naturais"...vamos nos preparando e acostumando, talvez devamos mudar o modo como construímos nossas casas, a forma de impor nossa vontade sobre a natureza...vamos gastar muito aço e concreto para tentar diminuir os efeitos dessas mudanças da natureza. Sim...é isso que o ser humano faz, adapta seu meio, a natureza, às suas necessidades. É lamentável, é vergonhoso...nós levamos uma vida insustentável, pensamos nas maneiras mais absurdas e mirabolantes de agir, quando simplesmente bastaria parar e observar a natureza...

Mas, meus amigos, NADA poderá impedir que a natureza siga seu curso...nem mesmo a vontade dominadora do ser humano e nossos mega computadores, nem todas as obras de engenharia, é...
precisamos, antes, mudar nosso modo de pensar!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Assuntos não faltam, o que falta é vontade.

Atualmente tenho muitos motivos para chorar, poucos para sorrir. Não sei até que ponto tudo isso vale, o que realmente vale a pena ser vivido. Será que nós realmente escolhemos vir (ou voltar) para este mundo?! Às vezes penso que não, que não é escolha nossa...talvez seja escolha de um ser superior a nós, o nosso Deus, talvez seja para aprendermos algo por aqui, para melhorarmos. Mas então, aprendemos na dor ou na felicidade? Eu digo que aprendemos na dor, mas é na felicidade que realmente entendemos o que é viver. Sendo assim, o que é melhor: ser um idiota feliz ou um sábio triste?!
Sim, porque como pode alguém ser feliz com tanta porcaria sendo feita por aí? Tanta injustiça e desigualdade? Tanta roubalheira e descaso...tanta miséria e sofrimento?...parece mesmo que só o idiota, o ignorante, é capaz de ser feliz nesse nosso mundo do jeito que está.


Estou realmente cansada...