terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Uma luz sempre acesa, esperando chegar, um amor na varanda, um amigo na mesa...

As vezes não medimos nossas atitudes, ferimos sem pensar, sem querer...
As vezes nos machucam sem pensar, ficamos sem entender...

"Entre os muros que me cercam
Sempre posso ver
Outras terras, outros mundos
Sol ou mar"
(O Terço, Casa Encantada)


É preciso esperar as asas secarem antes de voar,
Porque primeiro se é lagarta, depois se espera num casulo,
Parecendo imóvel, apenas aguardando a transformação!
E então, se é borboleta e é possível voar!
...mas antes, é preciso esperar as asas secarem...

Sei lá, penso em tantas coisas e, ao mesmo tempo, procuro não julgar ou me firmar em pensamento algum. Prefiro esperar para ver o rumo que as coisas tomam, mas tem vezes que é realmente complicado não pensar.
Então, eu prefiro pensar num mundo bonito, que importa se é real ou não?!
Afinal, algumas lagartas nunca serão borboleta...mas o que a impede de sonhar?!


"As criaturas da noite
Num vôo calmo e pequeno
Procuram luz aonde secar
Peso de tanto sereno.

Os habitantes da noite
Passam na minha varanda
São viajantes querendo chegar
Antes dos raios de sol.

Eu te espero chegar
Vendo os bichos sozinho na noite
Distração de quem quer esquecer
O seu próprio destino.

Me sinto triste de noite
Atrás da luz que não acho
Sou viajante querendo chegar
Antes dos raios de sol."
( O Terço, Criaturas da Noite)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Primavera

Não sei, às vezes tenho a impressão que, não importa o caminho que se siga, o ser humano sempre encontra a solidão em algum momento de sua vida. Por mais pessoas que existam no mundo, é como se cada pessoa estivesse só em seu próprio mundo.

Fico feliz que existam pessoas que nos “despertam” desse mundo. Maaas existem também pessoas que nos fazem desejar viver sós, seja o mundo qual for. No mundo existem tantas flores quanto ervas daninha, e eu penso que as ervas daninhas devem ser arrancadas pela raiz...

Já é primavera, vamos cultivar flores e “flores”...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Medidas relativas

Quando a gente pensa que está evoluindo, geralmente não está.

É interessante como a natureza é sábia e sempre podemos aprender com ela. Certamente uma árvore não pensa “preciso crescer”, é algo natural que acontece com ela, ela simplesmente vive e vai crescendo aos poucos. Quando plantamos uma árvore no quintal e acompanhamos seu crescimento temos a impressão de que ela quase não cresce, pois as vezes vão meses até se notar uma pequena mudança. Mas, se plantarmos uma árvore num local distante e apenas formos vê-la esporadicamente, a cada vez que formos teremos uma surpresa “puxa, como ela cresceu!”
É por isso que enquanto envelhecemos não notamos tantas mudanças em nós mesmos, mas se compararmos uma foto de hoje com uma de 5 anos atrás vemos de longe as diferenças.

Acredito que aprender é assim também, quanto mais “força” fazemos para aprender e evoluir, menos parece que conseguimos...mas se pararmos de nos preocupar com isso e simplesmente buscarmos viver da forma mas digna e honesta possível, de bem consigo mesmo, um dia lá no futuro talvez possamos nos dar conta de nossa evolução. Na verdade isso acontece quando não mais nos importarmos em mensurar e simplesmente aprendermos a ir em frente...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

não choveu hoje

Estamos numa correria hoje hein?! Estivemos numa correria ontem e, possivelmente, continuaremos na correria amanhã, e depois...

Bom, eu sou daquelas pessoas que acredita que é preciso ter um tempo pra si, um tempo pra coisa alguma, pra ficar sem fazer nada, pra fazer algo que realmente goste, sem pressão, sem a preocupação de ter de fazer rápido porque há milhares de outras coisas esperando para serem feitas...

Talvez eu já esteja repetitiva demais, mas a forma como aproveitamos o tempo é, acredito, o ponto chave para se conseguir conciliar todas as coisas. Mas, pelo menos pra mim, uma coisa é certa: nunca haverá tempo suficiente para fazer tudo aquilo que gostaria! Sei que isso parece extremista e vai contra uma frase que eu costumo usar “o nosso tempo a gente inventa”. Mas digo isso porque a cada momento “meu” eu descubro coisas novas que gosto de fazer, de aprender, de observar. Hum...eis aí a graça da vida, encontrar beleza, encontrar a tal da graça nas coisas que antes pareciam monótonas.

Então fica assim “se chover de tarde vamos antes de meio-dia”...se a gente cai a gente aproveita pra olhar as coisas mais de perto, quando a gente decide aprender a voar já esta intimamente se acostumando com a possibilidade da queda. Mas a possibilidade da queda não tira o prazer de voar...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No vale das pedras

E lá vou eu novamente tomar emprestado as palavras de Paulo Coelho aqui no blog. Como a vida é estranha e cheia de artimanhas...mas em fim, ele disse:

“No momento em que começa a andar, um guerreiro da luz reconhece o Caminho. Cada pedra, cada curva, lhe dá as boas vindas. Ele identifica-se com as montanhas e riachos, vê um pouco de sua alma nas plantas, nos animais, e nas aves do campo. [...]Em certas noites não tem onde dormir, em outras sofre de insônia. ‘Isto faz parte’, pensa o guerreiro. ‘Fui eu quem decidiu seguir por aqui’.”

Escolhi esse trecho, pois concordo muito com a frase “isto faz parte...fui eu quem decidiu seguir por aqui”. Por mais difícil que seja somos nós quem escolhemos o caminho a seguir. Às vezes, nos mais duros momentos, eu penso “ok, isto faz parte do treinamento”. E então, aceitando as dificuldades como parte do caminho e como uma oportunidade para crescer, tudo o que mais difícil parece ser acaba por tornar-se mais ameno. É como se, ao caminhar por um vale de pedras, não encarar as pedras como obstáculos, mas sim como pontos de repouso, algo que ajude ao invés de atrapalhar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

a Terra sob pena de morte

A vida é um ciclo, nascer, viver, morrer, nascer, viver...
Se pararmos para prestar atenção veremos que na natureza também existem ciclos, e que, na realidade, tudo é cíclico.
Aí eu olho pela janela num dia lindo como é hoje, e penso “como gostaria de sair e dar uma volta, um passeio” e acabo me perguntando “quantas pessoas não gostariam de fazer o mesmo?”

Muitas...com certeza muitas pessoas prefeririam largar o que estão fazer e dar um passeio...mas poucas, poquíssimas!, realmente o farão. Ok, temos nossas responsabilidades sim. Mas aí retomo os ciclos...quanto mais trabalhamos mais produzimos, quanto mais produzimos mais dinheiro ganhamos, quanto mais ganhamos mais gastamos. E gastamos naquilo que nós e que outros produziram...então, se não produzíssemos tanto também não necessitaríamos comprar tanto e acabaria sobrando mais tempo para um passeio num dia de sol...

E o pior não é somente o passeio que não acontecerá hoje, mas sim a mordida que damos no Planeta, nossa pegada ecológica que aumenta, produzindo e consumindo sem real necessidade.
Outro dia me deparei com a seguinte notícia:

“No próximo sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).”

Isso quer dizer que nós gastamos em apenas 9 meses o que deveríamos ter gasto em 12! Será que alguém acredito que o Planeta vai se safar enquanto nós estivermos aqui, com essas idéias?!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As vezes é bom olhar pra trás

Outro dia ouvi uma pequena história que me chamou a atenção, não sei de qual cultura veio, se é de alguma religião ou grupo...mas não importa de onde veio, o que importa é a idéia. Na verdade nem é bem uma história, está mais para um provérbio ou coisa assim, mas a idéia é mais ou menos a seguinte:

Seguimos na vida em fila indiana, um atrás do outro. Cada um de nós carrega duas bolsinhas presas ao corpo, uma no peito e uma nas costas. Na bolsinha do peito carregamos nossas qualidade, e na das costas carregamos os nossos defeitos. E é por isso que cada um só consegue ver as suas qualidades e os defeitos dos outros!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reflexões

Talvez seja no exato momento em que tocamos no futuro que ele perece, ao tornar-se presente e deixar de ser futuro. E se é assim, então o futuro é algo inatingível, pois uma vez que o alcançamos, torna-se presente, e logo em seguida passado...

Há algo muito além de nossa percepção entre presente, futuro e o próprio passado. Mas o passado é algo que está num cômodo diferente em relação a nós, pois ele é o único imutável, uma vez que não se pode voltar, fisicamente, ao passado...(pelo menos por enquanto!)

Nossa percepção é individual, é única, assim como nossas sensações de futuro e de presente. Quantas vezes ao sonhar conseguimos visualizar o futuro, mas o futuro, tal qual um animal selvagem, se esquiva diante de qualquer aproximação?! E mesmo acordados, quantas vezes já podemos ter nos confrontado com o futuro num lampejo de idéia, numa imagem borrada, numa visão que surge ao acaso, quem poderia saber disso?!

Por vezes podemos sentir um dejá vu, pensar que aquele momento, aquela sensação, já foi antes vivenciada da mesma forma que naquele momento se apresenta. A ciência, mãe dos descrentes e que sobrevive da própria incerteza, atribui o dejá vù a um erro, uma falha no cérebro, onde o que está se vivendo é lançado diretamente na memória de longo prazo, ao invés de ficar na memória recente, assim, continuamos com nosso “contador” de tempo no presente enquanto a situação está no compartimento do passado. É uma explicação razoável para muitos casos, mas será esta a única opção?

Penso que um dejá vù pode ser mais do que um erro do cérebro, pode ser um túnel, uma conexão, um elo de ligação entre o passado e o presente, da mesma forma que algumas pessoas têm o dom de predizer o que irá acontecer. Estas pessoas, os profetas, conseguem de alguma forma ver o futuro como se ele fosse o presente...conseguem encontrar esta ligação entre presente e futuro. E para mim, encontrar esta ligação de forma visual, auditiva, ou numa sinestesia generalizada, é como encontrar uma única flor branca em meio a um imenso campo florido. É algo raro, mas perfeitamente possível!

Mas talvez sejam inúmeras as vezes que, pessoas comuns como a maioria de nós, conseguem ver o futuro, seja dormindo ou acordado, mas não conseguem lembrar ao acordar, ou não dão valor a estas visões, ou ainda, o futuro, incerto como é, acaba por alterar-se numa velocidade maior do que podemos perceber. E, uma pequena modificação aqui, nesse instante, pode gerar uma mega modificação ali adiante, dentro do que chamamos “efeito borboleta”.

Então, o que nos resta é viver o presente, mas sem nos esquecer de que há um sentindo de transformação, de mudança constante na vida, no universo...tudo, absolutamente tudo, caminha em direção a busca do equilíbrio! E às vezes o equilíbrio só consegue surgir a partir do caos, isso é algo que devemos ter em mente sempre, para não desanimar diante dos problemas...pois, “da desordem surge uma nova ordem”...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Somos monstros...

Há 65 anos o ser humano confirmou sua imensa ignorância, seu imenso egoísmo, sua perversidade, sua falta de humanidade...

6 de agosto de 1965 - Hiroshima
9 de agosto de 1965 - Nagasaki


Muitos morreram, os Hibakusha (pessoas afetadas pela explosão) sobreviventes sentiram uma vida de dor e solidão, transmitida jundo aos seus genes mutados através de gerações. É uma dor que vai se diluindo conforme passa o tempo, mas tenho certeza que jamais será esquecida! Permanecerá para sempre na memória...

Nós somos os monstros nesse Planeta...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Neve e vendavais

O frio novamente está aqui.
Estamos tendo uma estação intensa de frio e chuvas...e cada vez será pior, com temperaturas mais bruscas, com mais vendavais, com inundações, secas e por aí vai...
São reflexos do modo como tratamos o Planeta. Mas aí alguém poderia questionar "a Terra já não sofreu com o efeito estufa outras vezes?"
Sim! Certamente...o detalhe é que, se nas outras vezes as mudanças levavam anos para acontecer, às vezes 100 anos para notar um aumento do nível do mar em poucos centímetros, por exemplo, agora notamos isso em menos de uma década!
Estamos acelerando o ciclo natural do Planeta e, se já não bastasse, ainda estamos acabando com os mecanismos de regulação térmica da Terra...sim, óbvio, são atos recursivos!

Acredito que torne-se cada vez mais comum ver notícias de "catástrofes naturais"...vamos nos preparando e acostumando, talvez devamos mudar o modo como construímos nossas casas, a forma de impor nossa vontade sobre a natureza...vamos gastar muito aço e concreto para tentar diminuir os efeitos dessas mudanças da natureza. Sim...é isso que o ser humano faz, adapta seu meio, a natureza, às suas necessidades. É lamentável, é vergonhoso...nós levamos uma vida insustentável, pensamos nas maneiras mais absurdas e mirabolantes de agir, quando simplesmente bastaria parar e observar a natureza...

Mas, meus amigos, NADA poderá impedir que a natureza siga seu curso...nem mesmo a vontade dominadora do ser humano e nossos mega computadores, nem todas as obras de engenharia, é...
precisamos, antes, mudar nosso modo de pensar!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Assuntos não faltam, o que falta é vontade.

Atualmente tenho muitos motivos para chorar, poucos para sorrir. Não sei até que ponto tudo isso vale, o que realmente vale a pena ser vivido. Será que nós realmente escolhemos vir (ou voltar) para este mundo?! Às vezes penso que não, que não é escolha nossa...talvez seja escolha de um ser superior a nós, o nosso Deus, talvez seja para aprendermos algo por aqui, para melhorarmos. Mas então, aprendemos na dor ou na felicidade? Eu digo que aprendemos na dor, mas é na felicidade que realmente entendemos o que é viver. Sendo assim, o que é melhor: ser um idiota feliz ou um sábio triste?!
Sim, porque como pode alguém ser feliz com tanta porcaria sendo feita por aí? Tanta injustiça e desigualdade? Tanta roubalheira e descaso...tanta miséria e sofrimento?...parece mesmo que só o idiota, o ignorante, é capaz de ser feliz nesse nosso mundo do jeito que está.


Estou realmente cansada...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nostalgia

Engraçado...às vezes eu sinto saudades de algo tão distante...é como ter uma lembrança que não é minha!
É como sonhar e, ao acordar, sentir saudade desse sonho...como se não tivesse sido apenas um sonho, mas uma outra vida, uma realidade paralela, não sei...
Quando o vento sopra, em algumas ocasiões, eu quase posso sentir como se não estivesse nessa época. No cheiro do vento eu sinto uma sensação de déjà vu, mas não são lembranças que eu posso "ver", são apenas lembranças que meu corpo sente...eu vou pra tão longe! E de repente um arrepio me tráz de volta...
Às vezes eu penso que nasci na época errada, pode isso mesmo acontecer?!


Imagem retirada do site: http://www.t-enami.org/

terça-feira, 20 de julho de 2010

"A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito." (Marcel Proust)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Chove...

Continua chovendo...e o frio ainda está aqui.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Já anoiteceu hoje?

Hoje o frio é um extremo, não me dou bem com extremos, acredito que devemos evitá-los...mas hoje estou falando do tempo mesmo, calor demais? Frio demais? Prefiro um frio menos doído, um dia de sol, luz...
Não sei o que pesa mais, o frio e a sensação constante de sentir os músculos contraídos ou as tonturas e as súbitas batidas estranhas do meu coração. Tudo deve ser conseqüência da falta de adaptação a este clima que chegou de repente. A pressão não se ajusta, cai, junta demais, o coração quer recuperar, quer bater mais forte, sinto cada batida dele, sinto como se uma mão me empurrasse e outra tentasse me segurar...
Nossa...tudo está tão vago hoje! Tão distante! Parece-me que tomei muito álcool, sem, no entanto, ter tomara uma gota sequer...mas a sensação é bem por aí, é como ter neblina na sala fechada, é como se a noite adentrasse pelo dia, invertesse os pólos, transtornasse os meus sentidos...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

lanterna

Às vezes o sol aparece, mas não me aquece...
Às vezes é noite e não sinto frio, meu coração me aquece...
Como entender esta dualidade?!
Acho que não se entende, acontece, é assim a vida...
Por vezes é quando se precisa que surge a força, são nos momentos de trevas que surge a luz!
Que adiantaria ter uma lanterna ao meio dia?!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vento

O vento passa e varre as folhas secas...
O vento passa e leva consigo o que restou de alguns sentimentos...
O vento passa...o vento renova...

Como disse certa vez Malachy McCourt: "guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra."

vivendo e aprendendo

A gente aprende sempre, acertando ou errando, mas são maneiras diferentes de aprender. Pode-se aprender pela dor, através do sofrimento, das privações...e pode-se aprender através de exemplos, de observações, colocando-se no lugar de outros, sem sofrer na pele o que outros sofreram...

A maioria das pessoas precisa passar pelo sofrimento, não basta que apenas observem. Na verdade muitos têm resistência em aprender, ou melhor, de aceitar estes ensinamentos...mesmo sentindo na pele, mesmo sofrendo, não conseguem aceitar e como conseqüência, o aprendizado é prejudicado.

As crianças a gente toma pela mão e vai mostrando o caminho...mas e quando a pessoa cresce e continua esperando que mãos alheias a conduzam em seu próprio caminho?

A mim não basta aprender um punhadinho de coisas e pronto, eu sinto necessidade de aprender sempre e, quando possível, também de ensinar alguma coisa. Mas neste caminho onde há doação de si há também um grande paradoxo...quanto mais você ensina mais o aluno duvida do que você está ensinando. E aí, ensinar ou guardar o conhecimento para si?! Cabe ao aluno demonstrar respeito ao professor e fazer por merecer o que o professor lhe ensina!

Para um aluno dedicado sempre existirá um professor dedicado...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

...

Passam os dias e tudo é vagaroso em sua vontade, mas o tempo passa depressa demais, os dias correm e as coisas se acumulam. Não sei o que se passa, mas tenho vontade de simplesmente ir para casa dormir. Esquecer trabalho e tudo o mais...deixar para depois ou nunca mais.

Através da janela posso ver o dia lindo que se estende por horas e horas, o céu azul e o sol quente...enquanto fico numa sala fria durante todo o dia, sem ser tocada pelo sol. Sinceramente?! Qual a graça em sair ainda com o escuro da noite e voltar novamente no escuro da noite, “perdendo” todo o dia? Graça alguma...

sábado, 3 de julho de 2010

O curioso caso do relógio que anda para trás

Isso que vou contar aconteceu comigo ontem, não foi sonho nem imaginação, foi bem estranho...

Primeiro para explicar, temos um relógio aqui em casa já há muitos anos, primeiro ele ficava no meu quarto, depois na sala e agora está na cozinha. Pois bem, é um relógio até bem simples, mas sempre foi muito bom, não adiantava nem atrasava, trabalhando até acabar a pilha, depois trocávamos a pilha e voltava a funcionar.
Então, estava ontem tomando meu café da manhã quando olhei a hora, eram 5:40h. Passado um tempo dei uma nova olhada, eram 05:30h...
Eis a coisa estranha, sem mais nem menos o relógio começou a andar para trás! Todos os ponteiros, horas, minutos e segundos...
Já li de inventos em que foram criados relógios que andavam para trás para que fossem refletidos em espelho, mas de um relógio que simplesmente muda seu sentido, sem mais nem menos, isso nunca ouvi falar...
Deixei o relógio assim, pensei "talvez eu ganhe um dia a mais" (risos).
Algumas horas depois mostrei ao meu pai que também não conseguiu explicar o que aconteceu, aítiramos a pilha e o relógio obviamente parou, recolocamos a pilha e ele voltou a funcionar normal, ou seja, para frente.

Isso me fez pensar em várias coisas relativas ao nosso tempo neste mundo. E me fez lembrar de outras coisas estranhas que às vezes acontecem aqui, especialmente no meu quarto. Como o dia em que um enfeite de metal foi virado do avesso, não tenho a mínima idéia de como isso aconteceu, até porque me pareceu impossível imaginar como isso poderia ser feito, pois era um material muito rígido...
Em fim, mistérios me atraem, não me assustam! Quem sabe não fiquei um dia mais jovem?!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Valor e Respeito

Aí vai mais um texto que não é meu, mas não sei de quem é!

...

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:

- Companheiro, você entende de leis?

- Não. - Responde o barqueiro.

E o advogado compadecido:

- É pena, você perdeu metade da vida!

A professora muito social entra na conversa:

- Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?

- Também não. - Responde o remador.

- Que pena! - Condói-se a mestra - Você perdeu metade da vida!

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O canoeiro preocupado pergunta:

- Vocês sabem nadar?

- Não! - Responderam eles rapidamente.

- Então é pena - Conclui o barqueiro - Vocês perderam toda a vida!

...

"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes" (Paulo Freire).

Pois é, o importante é valorizar a todos, independente de aparências, diplomas na parede, chinelos de dedos, roupas surradas...porém, digo que nunca é tarde ou difícil demais para se buscar saber mais! No caminho da evolução pessoal o único sentido é o de seguir em frente, parar ou retornar não cabem neste caso! E outra vez eu digo, valorizar e RESPEITAR!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O abismo

Novamente vou tomar emprestado as palavras de Paulo Coelho, pois o que ele escreveu vêm de encontro ao que eu estava pensando...

"O guerreiro – sem querer – dá um passo em falso e mergulha no abismo. Os fantasmas se aproximam e o assustam, a solidão o atormenta. Como tem fé, e sempre procurou seguir o caminho do Bom Combate, não pensava que isto fosse acontecer com ele.
Mas aconteceu. Os desígnios da Providência Divina são insondáveis. Envolto pela escuridão, ele se comunica com seu mestre.

“Mestre, caí no abismo”, diz ele. “As águas são fundas e escuras; será que morrerei afogado?”

“Lembre-se de uma coisa”, ele escuta o mestre dizer. “O que afoga alguém não é o mergulho, mas o fato de permanecer debaixo d’água”.

E o guerreiro, a partir deste momento, usa as suas forças para sair do abismo." (Paulo Coelho, 2010)

...

Pois é, o maior problema não está em mergulhar, sejam quais forem as águas...o problema está justamente em não procurar a superfície, não sair de dentro da água, ficar lá no fundo se afogando...e, se não houver vontade de voltar à tona, de nada adiantam mãos na superfície da água. Por mais mãos que estejam estendidas somente quem chega próximo da superfície consegue alcançá-las.
E para quem está no fundo, meter o pé na lama para se impulsionar para cima ajuda! Então, se afoga aquele que não aceita ajuda e não tem força de vontade suficiente para sair da água sozinho...

domingo, 27 de junho de 2010

Amizade

Nos momentos difíceis, em que a noite cai e o clima pesa, é que se conhece os verdadeiros amigos...
Nada machuca mais do que ver aquela pessoa em quem você confiava pular fora na hora do aperto, culpá-lo por defeitos que ele próprio não reconhece em si.
Nada é mais triste do que perceber que a amizade não acabou...simplesmente nunca existiu!


quarta-feira, 23 de junho de 2010

A massacrante felicidade dos outros

Este texto me foi enviado por um grande amigo (Norberto), chama-se "a massacrante felicidade dos outros" e é de autoria de Martha Medeiros.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma..Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.

Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:

"Eu espero / acontecimentos / só que quando 

anoitece / é festa no outro apartamento".

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são – ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.

Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.

Pra consumo externo, todos são belos, sexy’s, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada; todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo". Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje,  vendendo um mundo de faz-de-conta..

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.

Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?

Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?...

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

persistência

Muitos são os que dizem conhecer o caminho, mas poucos são os que realmente o trilham...
A persistência não se expressa através das palavras, mas dos atos. Persistir não é suportar apenas a dor, o cansaço, o frio, a fome, a sede...vai muito além disso! A persistência é um sentimento que, quando o corpo é atingido, não deixa que a alma seja ferida...é um sentimento de proteção do espírito que faz com que a pessoa não se deixe vencer pelas adversidades.
O corpo pode ser ferido, machucado...mas a alma tranquila e serena não! A alma só é ferida quando existe desistência, por isso, não perde aquele que é ferido ou mesmo morto, perde aquele que se deixa abater...e aí a maior perda já não é mais a do corpo, e sim a do espírito!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Billy...

A gente se apega aos animais...eles são amáveis e companheiros, eles querem carinho e um pouquinho de atenção, assim como nós eles buscam a felicidade...ainda que não de forma racional. Há quem diga que ame mais os animais do que as pessoas, e não é de se estranhar, afinal, "dê ao animal comida e um lugar para dormir e ele nunca te trairá, já o ser humano..."
Ao adotar um animalzinho é preciso pensar em duas coisas, fundamentalmente: saber que eles precisam de carinho e cuidados, e saber que eles também morrem (e geralmente bem antes do que nós)...
Seja cão, gato, pássaro, roedor, etc, aprendemos com eles, especialmente a amar incondicionalmente!
Saudades...dói muito quando um deles se vai...






segunda-feira, 14 de junho de 2010

(in)constância

O tempo aqui é esquisito, num único dia pode estar frio, calor, pode ter um sol lindo e uma chuva torrencial! Ou aquela garoazinha que insiste, persiste...é uma coisa de doido mesmo! A gente sai de casa com casaco, mas usando uma roupa mais levinha por baixo, caso esquente. Sai carregando sombrinha, mas sem esquecer de passar o protetor solar! Leva óculos de sol e uma meia reserva, caso chova demais e o pé acabe numa poça d’água...

Ou...a gente sai sem se importar com nada e, se chover, aproveita e toma um banho de chuva. E se esfriar dá uma corridinha escada à cima que é pra esquentar rapidinho...

O tempo aqui é assim...inconstante! O que deve mudar não é o tempo, mas o modo de ser das pessoas...esqueço agora que estava falando sobre o tempo e falo sobre o comportamento das pessoas. Ok, tudo bem que você pode se sentir feliz e triste no mesmo dia, e isso é até importante porque nem tudo são flores, nem tudo são pedras. É preciso compreender que mesmo a mais dura das dores não é eterna, assim como não é eterno o mais doce sentimento. A questão é a inconstância nas pessoas. Inconstância no modo de ser, ou seja, num momento a pessoa é cheia de moralismos, noutro momento é hipócrita, dissimulada! Como pode ser isso?!

Por mais negras que sejam as nuvens é preciso ter em mente que as nuvens passam e que, já falei isso antes, acima das nuvens sempre há o sol a iluminar! Por isso a pessoa constante sabe que nos momentos críticos precisa manter calma e pensar de forma clara, e que nos momentos de prazer também precisa aproveitar com certa cautela. Não estou dizendo para se prender, não se permitir aproveitar a vida...e sim para aprendermos a não nos afobar e sair trocando mãos e pés.

Ser constante para não temer os novos desafios, para não temer os inimigos (que por vezes estão dentro de nós mesmos...). Ser constante para manter a face tranqüila mesmo diante da pior imagem! Ser constante para compreender que a vida aqui não é a eternidade, é só uma passagem e, se um dia, ou melhor, quando a morte chegar, que a pessoa não encare isso como seu fim, e sim como um recomeço...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Respeito

"Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um japonês deixando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o japonês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o seu arroz?
E o japonês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores!!!"

Bom, essa história não tem a ver com os mortos, tem a ver com o respeito. Respeitar as opções dos outros é uma virtude!
Aliás, o respeito em si é uma virtude. Uma pessoa direita é aquela que respeito a todos, independente de classe social, de cor, religião, orientação sexual, etc.
É muito bonito um filho respeitar seus pais, mas isto é sua obrigação! Importante é também aprender a respeitar a todos mesmo, por exemplo, respeitar a faxineira que limpa a sua escola, respeitar o coletor de lixo que recolhe o lixo da sua casa, respeitar o varredor de rua e até o mendigo! As pessoas podem parecer diferentes por fora, mas por dentro todos tem sentimentos, todos se alegram e entristecem!
Mesmo que você não concorde com a outra pessoa, que você ache que a religião dela não faz sentido, por exemplo, ainda assim você deve respeitá-la. E respeitar não é apenas ser educado na frente da pessoa em questão, é não falar mal pelas costas, é deixar que ela creia no que julgar mais certo. Afinal, quem é que sabe tudo nessa vida?!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

tempos idos

Romênia, 1467. O povo passa fome, frio, medo. As sombras estão por toda parte, as incertezas e as angústias imperam. Há sangue manchando o chão, por toda parte. Um temor paralisa as idéias, causa enjôos e uma ansiedade crescente. O sol custa a surgir, o dia permanece branco, as nuvens encobrindo o sol e assim, a noite chega mais cedo. Soldados se aproximam e prendem o pescoço daquela mulher, que tenta se livrar em vão. Ela vai sufocando aos poucos, seus olhos vendo o vazio dentro dos olhos daqueles homens, aos poucos vê apenas um brilho e então, a escuridão...ela para de se debater, sabe que é em vão, a vida lhe deixa. É um tempo de desgraças e tristezas, de maldade e privações. Mas há uma certa beleza nas canções entoadas nas tavernas, nos gritos de alegria ao beberem até cair. Ao esquecerem, por um tempo, toda sujeira e toda maldade. Nesses momentos quem, pois, iria dizer que a maldade está sobre a terra?!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

o inverno e o inverso

Minhas mãos geladas denunciam, o inverno está próximo!

Engraçado, no inverno ouço tanta gente dizer “ahhhh tomara que chegue logo o verão”, aí no verão ouço as mesmas pessoas dizerem “ahhhh tomara que chegue logo o inverno”. Como pode ser isso? Acredito em muitas hipóteses...por exemplo, o ser humano esquece as coisas, por isso quando está frio ele esquece as agonias do forte calor, e vice-versa. Outra coisa é o fato de o ser humano ser um eterno insatisfeito, sempre quer mais, melhor, diferente, neste caso existem prós e contras. Prós no sentido de evoluir, contra no sentido de frustração. E há ainda a própria mudança, sair daquilo que é uma rotina e buscar algo novo, porque é sabido que nas estações não é apenas a temperatura que se altera, mas as cores, as flores, as frutas, as possibilidades...

Ah sim, sobre as possibilidades. No verão a gente se sente mais disposto a mudar, a sair pra caminhar, a fazer coisas novas, tentar novos horizontes, ir pra praia, fazer uma hortinha, e tantas outras coisas...mas o calor, quando sufoca torna tudo pesado, angustiante, eu particularmente não gosto da sensação de calor + umidade alta, isso cria uma espécie de “manto da agonia” em torno do corpo da gente...

No inverno dá vontade de ficar ao sol, fazer um passeio com a pessoa amada, ficar de baixo das cobertas! Que maravilha! Tomar uma bebida quente, comer uma comidinha quentinha também...e sorvete! Por mais estranho que possa parecer pra mim sorvete vai bem em qualquer temperatura, e no inverno ainda há o benefício de ele demorar para derreter! =o)

No inverno as cores são mais vivas, o mar é mais lindo, o céu mais limpo, as montanhas mais atrativas. Dá vontade de ir a todos os lugares, e por vezes até arriscar um banho de mar ou cachoeira...mas daí sair correndo pra um chuveiro bem quentinho, uma sopinha e cama! Pra não correr o risco de passar os próximos dias com o nariz escorrendo...
Bom, eu prefiro o inverno, mas gosto também da disposição do verão! E tem ainda o fato de que no inverno a gente costuma engordar, no verão emagrecer...eita! Mas é isso aí, post leve como estou também me sentindo...

terça-feira, 8 de junho de 2010

anoitecendo e uma forma de ajuda

Começa a anoitecer, o ar frio da noite entra pela janela causando arrepios!




Ajudar às vezes não custa muito, talvez um pouco de tempo, talvez nem custe nada para quem ajuda...mas para quem recebe a ajuda é algo muito valioso.

As pessoas já estão em sua maioria cansadas de tanto descaso, da falta de vontade alheia, do egoísmo, da ganância...mas não percebem que também recusam constantemente ajuda aos outros.

Há muitas e variadas formas de ajuda, desde a financeira até a espiritual. Hoje estou falando de ajuda em pesquisas. Quantos e quantos pesquisadores vêem suas preciosas pesquisas perdendo a credibilidade por falta de ajuda, e nem estou falando de ajuda governamental! É a simples ajuda do povo que está cansado demais para aceitar participar de qualquer coisa que não lhe dê algum trocado. É uma miséria mesmo! Mas esta miséria é muito mais espiritual do que material!

Quando se encontra pessoas dispostas a colaborar sem nenhum interesse isso é algo maravilhoso! Mas é tão raro...

Costumo fazer um exercício realtivamente simples e que ajuda bastante a entrar em forma, esta forma da qual falo é a forma "ser humano". Você simplesmente se coloca no lugar da outra pessoa e age com ela como gostaria que ela estivesse agindo com você, é só isso, simples assim!

Parar na rua pra responder questionário é uma chatice, eu sei...mas pense que para a pessoa que está aplicando o questionários é seu meio de ganhar o pão! Pense na pessoa que está ali e não na companhia que o enviou...ou você pensa que são os diretores que vão para as ruas aplicar questionários?!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

a vida nas montanhas

A vida nas montanhas é revigorante, renova as energias!
Mas a vida nas montanhas também é uma vida de privações, por vezes...
O gado precisa comer, mesmo na seca intensa, mesmo com a chuva imensa!
Às vezes vem a geada e queima o pasto, ou a chuva que apodrece a forragem, ou a seca que torna infértil a maioria das pastagens.
Alguns enlouquecem, outros se matam, outros fazem dívidas até não mais poder e depois ficam sem saber o que fazer.
Aí quando o pessoal da cidade vai no supermercado comprar leite acha um absurdo o preço! Mal sabem quanto suor está impresso em cada caixinha desse leite...mas o mal de tudo mesmo é o preço que o intermediador paga ao coloco, dono das vaquinhas que miseraram o ano inteiro, isso sim é uma vergonha!

Quando há sol na medida, quando a chuva abunda mas não em demasia, quando não há calor nem frio demais...aí a vida nas montanhas é um encanto só!
Mas ainda assim o colono acorda todos os dias de madrugada para trabalhar, faça chuva ou sol, 20°C ou 0°C, seja dia de semana ou feriado...

É preciso valorizar quem se dá ao trabalho de nos por o pão na mesa, digo, o leite, as verduras, a carne...nós pagamos por tudo isso, mas quantos de nós estariam realmente dispostos a "meter a mão na massa" para se queimar ao sol e ganhar uma miséria?! De nada adiantam fábricas de enlatados se não houver a matéria-prima. Eu admiro esse povo que tem o dom da terra!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sinceridade...

A sinceridade é uma virtude de poucos! Não digo isso por acreditar que a maioria vive a mentir, não é isto. Digo que a sinceridade é para poucos, pois penso que são poucos os que realmente conseguem compreender o que é a sinceridade. Sinceridade não é falar o que vier na cabeça, não é sair tagarelando o que quiser com a desculpa de que “ahh eu sou sincero!”. A sinceridade vem do interior da pessoa, e para ser sincero com os outros antes é preciso ser sincero consigo mesmo. Já dizia Goethe “ninguém consegue nos enganar melhor que nós mesmos”. Podemos tentar e até conseguir enganar a todos...a todos, menos a nós mesmos!

Acredito também que a sinceridade não é somente um sentimento, mas uma atitude, e esta atitude não está isolada. Vem acompanhada da honestidade, da lealdade, da retidão do caráter! Por isso antes de pensar em ser sincero é preciso pensar se podemos sustentar esta sinceridade. Ou seja, é preciso se perguntar se a pessoa que o ouve está mesmo preparada para ouvir o que pretende dizer, do contrário as palavras serão à toa. Às vezes é preciso falar as coisas do modo que o outro possa compreender, mas isto não deve ser feito na base de mentiras, e sim na escolha das palavras. Dizem que a pessoa honesta, sincera, não precisa de boa memória, ao contrário dos mentirosos que precisam sempre estar atentos ao que dizem...

terça-feira, 1 de junho de 2010

relógios

Quando no pulso não há um relógio a marcar as horas, que diferença faz se forem 13:30h ou 13:40h? Então se for assim, que diferença faz se forem 8h ou 18h? A diferença está na percepção...contas as horas é atividade costumeira para quem vive medindo o tempo. Mas o tempo é relativo, bom, já dizia Einstein que tudo o é...

O relógio é, talvez, o menor objeto de escravização humana! Mas o que eu quero dizer com isto? Certamente não estou menosprezando a pontualidade, pois, ao assumir um compromisso o mínimo que se pode fazer é chegar em tempo, ou até um pouco mais cedo...
Mas agora se esquecendo um pouco dos compromissos nossos de cada dia...quando estamos a sós, que diferença faz saber do horário?! Simplesmente não faz diferença...o problema é que estamos acostumados demais a olhar para o relógio, e não somente isto, nos acostumamos a sempre ocupar o tempo com alguma coisa! Mas eu pergunto: que mal faria simplesmente parar um pouco para, sei lá, observar a natureza e pensar sobre a vida??! Isso certamente é algo que muitos chamariam de falta de comprometimento com suas atividades...mas digo eu que talvez nos poupasse muitos aborrecimentos, muito tempo gasto com inutilidades, nos pouparia muita vida, afinal...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

gentileza x grosseria

Eu trato as pessoas como gostaria que elas me tratassem, no entanto, é muito mais comum eu ser tratada de forma pior do que trato os outros. E por quê? Porque são poucos os que pensam dentro da mesma linha e, de fato, tratam os outros como se estivessem tratando a si mesmos. Se as pessoas simplesmente imaginassem que no lugar do outro estaria sua mãe ou seu pai, talvez pensassem melhor antes de falar qualquer besteira. Mas o pior é saber que há tantos por aí que tratam a família como lixo! Não se importam, acham que pai e mãe estão no mundo pra lhes servir e só notam a falta que fazem quando estes morrem. Lamentável...

Durante a vida precisamos lidar com muitas pessoas diferentes, pessoas simpáticas e pessoas grosseiras. O importante mesmo é decidir o que você vai ser, independente dos outros...vai ser uma dessas pessoas simpáticas que sempre respondem com um sorriso ou dessas pessoas grosseiras que vivem de cara fechada??!

Independente de todos os bandidos e pessoas más que existem por aí...cada um precisa saber dentro de si mesmo o que é. Conhecer a si mesmo é fundamental! E ainda que seja difícil você pode sim ver flores nascendo entre o lixo...assim como é possível encontrar uma fruta podre dentro de um maravilhoso cesto de frutas frescas. É assim mesmo, bondade e maldade estão juntas por aí. Mas é importante diferenciar, ser bom não é ser bobo...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

idade

De repente o artista se curva agradecendo os aplausos, sobre o palco ainda iluminado, o artista retira a máscara. Cessa os aplausos, silêncio absoluto! O público atônico questiona, interiormente, aquela figura débil que agora está onde antes estava o jovem mocinho da peça...

Velhice e juventude se confundem...o tempo mostra na face do homem suas marcas, mas a velhice só alcança quem se deixa alcançar. A juventude é mais do que aparência física, é muito mais uma questão interior. E nisto o modo de viver influencia sobremaneira! Envelhecer é parte da vida, mas velho mesmo é quem para de sonhar e de ir atrás desses sonhos...ficar velho é parar de viver, enquanto espera a morte chegar. Ser jovem é viver enquanto espera viver mais e, mesmo desejando viver mais, aproveita cada momento como se fosse único, o último!

Assim, existem jovens de 90 anos e velhos de 20...há por aí uma juventude que já nasceu morta, adoecida pela correria atrás de coisa alguma. É o estresse que gera mais estresse, é a dor pra curar uma outra dor...

terça-feira, 25 de maio de 2010

a arte como ferramenta de lapidação

Nunca fui fã de Paulo Coelho, não porque não gosto do que ele escreve, mas simplesmente porque nunca me interessei muito por ler seus livros...então nada posso falar sobre ele, nem que gosto, nem que não gosto, estou neutra, porque sou ignorante dentro do universo de suas palavras.

Pois bem, li algo dele que gostei e concordo, por isso vou transcrever o que ele disse:

"Conseguimos trabalhar nossa vontade e nossa perseverança quando descobrimos a humildade.
À medida que qualquer lutador de artes marciais vai subindo de ranking, vai também ficando mais difícil provocá-lo para uma briga. O lutador experiente aguenta insultos. Conhece a força do seu punho, a habilidade de seus golpes. Diante do oponente despreparado, ele ri com sua alma. E vence a luta no plano astral, porque não precisa trazê-la para o plano físico.
À medida que o discípulo aprende com seu mestre espiritual, a luz da fé brilha em seus olhos, e ele não precisa provar nada para ninguém. Não importa quão agressivos sejam os argumentos do adversário – dizendo que Deus é superstição, que milagres são truques, que acreditar em anjos é fugir da realidade.
Assim como o lutador, o discípulo conhece sua imensa força. E jamais luta com quem não merece a honra do combate." (Paulo Coelho, 2010)

Esse ranking que ele fala pode ser também formas de graduação, não necessariamente combates, mas uma evolução ao longo do treinamento.

Humildade, perseverança, vontade, paciência, persistência...qualidades não só de artistas marciais, mas de guerreiros da vida. Quem pode realmente dizer que é uma pessoa melhor se não tiver estas qualidades? E não são qualidades conseguidas facilmente, a maioria das pessoas precisa penar muito, precisa quebrar a cara muitas vezes antes de assimilá-las.
O ser humano é bicho difícil de lidar! Fora as pessoas que já nascem com uma certa "luz", a grande maioria precisa ser treinada sentindo as dores da vida, para só depois de sentir no corpo conseguir sentir com o espírito. Mas é parte da vida e do treino, se bem lapidada uma pedra tem seu valor muitas vezes superado ao que era no início...e todos sabem, pedras não são lapidadas com carinhos e beijinhos, são com ferramentas duras mesmo!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

sinais

Quando a noite chega e, olhando para o céu, não se consegue ver as estrelas...o que pensar?
Espera-se mais um dia de chuva...
Mas durante a noite, se ao olhar para o céu as estrelas estiverem lá, brilhantes, então já sabe que no dia seguinte verá também o sol...
Porém, as vezes o tempo muda repentinamente, sem dar avisos ou sinais, o que se espera então?!
Nada!

Analisar o tempo e/ou a vida, é uma questão de lembrar de fatos passados e tentar ajustá-los ao que acontece no momento. As vezes dá certo, outras vezes não dá. Para as vezes que dá certo, ok, conseguiu-se o resultado esperado...mas para as vezes que não dá certo? É uma nova incógnita que surge na equação, aí o aluno diz "professor, não dá pra resolver" e trinta anos mais tarde surge uma resposta e, por que? Porque o ser humano sente necessidade de prever o que irá acontecer, não pára simplesmente e espera o que está por vir. O ser humano está sempre fora do seu tempo, ou nas lembranças do passado ou nas previsões para o futuro.

Realmente, de nada adianta ficar sofrendo e se lamentando por algo que está lá adiante, pois, talvez você ainda mude de caminho até chegar lá adiante...
O que dá pra saber de antemão é que você colhe o que planta, aí sim dá pra fazer uma previsão do futuro, enquanto se está plantando, então plante sementes de boa qualidade!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ondas salpicadas

O mar está agitado, ondas fortes varrem as pegadas deixadas na areia da praia. O vento sopra em direção ao continente, trazendo uma névoa salgada e espessa. Os pássaros voam de um lado para outro. O som da arrebentação se sobrepões aos demais sons...apenas o grito das gaivotas conseguem romper o som do mar. Garrafas com mensagens chegam à praia, vindas de todos os lugares...são pedidos de socorro de gente desesperada! O mar está repleto delas, são centenas, milhares de pessoas presas em garrafas. Elas chegam à praia e voltam ao mar...as mensagens se perdem, pois as gaivotas não sabem ler, elas apenas gritam “está lá!”

A onda vem...e volta ao mar!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do Livro dos Mortos

"Nem homens, nem princípios;
nem glorificados, nem amaldiçoados;
nem as gerações do passado, presente ou futuro podem infligir qualquer injúria àquele que segue e procede como uma criança eterna, aquela que existirá para sempre."

Cap. 42 do "Livro dos Mortos do Antigo Egito". A tradução dos hieróglifos foi feita pelo Dr. Ramses Saleem, a tradução para o Português eu não sei.

O Antigo Egito me atrai, gosto dos mistérios, gosto das múmias, gosto da arquitetura, das tradições, dos cultos...um povo extremamente inteligente, que estava muito a frente do seu tempo.
Há quem diga que as pirâmides foram construídas por seres extraterrestres...ok, eu acredito que pode ter sido mesmo. Porém, acreditar nisso é também desacreditar na capacidade humana!
Eu acredito que podem ter sido seres humanos a costruírem-nas, ainda que seja difícil acreditar que conseguissem atravesar aquelas imensas pedras de uma margem a outra do rio Nilo e conseguir um encaixe perfeito delas na construção das pirâmides. Mas quem pode realmente saber a que aquelas pessoas estavam submetidas?! Dizem que a fé move montanhas...

Ah sim, ser uma criança eterna...há muito a se pensar sobre isso. Ser como um receptáculo limpo, pronto para receber o líquido do conhecimento. Mas eu certamente não tentarei interpretar os ensinamentos do livro dos mortos, tantos outros já nasceram e morreram e não o fizeram. Melhor não falar sem ter conhecimento suficiente...poderia macular as idéias originais!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

amizade

Amigos...ahhh os amigos!!
Não lembro quem disse, mas a frase é esta:
"É preciso manter as mãos vazias para não dificultar o abraço..."
Mas o que isto quer dizer?
Depende...sim, depende do que entendemos por amizade.
Quantos amigos temos?? Amigos de verdade, desses que vem falar as coisas olhando nos olhos. Que brigam quando precisa e afagam quando é o momento. Temos poucos, durante a vida toda teremos poucos amigos...
Na verdade pouco importa quantos são, mas como são. E digo que para se ter amigos antes é preciso ser amigo! Mas como?! Ahhh aí que consiste a parte complexa, porque é muito fácil critiar sem antes olhar para si mesmo.

Ter as mãos vazias é estar desarmado, é deixar que o amigo chegue às costas, é estar vulnerável. É estar despido de velhas crenças que só dificultam as coisas, é confiar, é entregar-se à amizade.
Para mim quando abraçamos alguém verdadeiramente devemos fechar os olhos para sentir melhor o abraço. É uma troca de energias, e é muito diferente desses "abraços sociais" com um tapinha nas costas...
O que mais se vê é pessoas abraçando com "pedras" nas mãos. Você pode nem ver as pedras, mas as sente, é uma dor muito além do físico, machuca profundamente...

E há também o estar vazio no sentido de estar livre de preconceitos, de idéias inraizadas, de crenças e moralidades vazias. Todos devemos ter ideais, sonhos, e lutar por eles. Mas não se deveria julgar sem antes conhecer muito bem.
Deveríamos nos manter sempre em branco, esperando o que vem a seguir, sem antes começar a rabiscar umas letrinhas.
As obras de arte são criadas na mente e na alma do artista, só depois elas tomam forma concreta, através de palavras, de tinta e pincel, de argila, de notas musicais, etc, etc...
Assim também deveria ser com tudo, primeiro pensar, sentir...depois expressar!
Amigos compreendem, amigos aceitam...amigos também desaprovam, e amigos também calam. Na amizade há altos e baixos, há momentos de alegria e momentos de tristeza...só o que não pode haver é falsidade e traição!
Fora falsidade e traição quase todos os defeitos podem ser superados...sim, fora falsidade e traição...

terça-feira, 18 de maio de 2010

seguindo a estrada

Há uma estrada seguindo em frente, mas só conseguimos ver até a próxima curva.
Chegando lá, surpresa! Algo novo, inesperado, um susto...
E continua-se andando, seguindo a estrada. Volta e meia surgem bifurcações, escolhe-se um caminho e segue-se em frente.
Parar? Retornar? Não faz muito sentido, melhor continuar esperando que se encontre melhores dias.

Estou cansada...
Aproveitar o dia?! Que dia? O dia de hoje? Solitário e chuvoso?
Um dia frio...um frio que penetra em minha alma, me tira do meu caminho, me joga de cara no chão!
Às vezes nem as miseráveis lágrimas me encontram, é só dor, é um vazio imenso, uma angústia infernal!
A saudade vem pra que? Vem me lembrar de momentos bons...mas pra que isso? Pra me fazer ter esperanças, ter forças de seguir em frente e esperar por novos dias assim?! Não! Hoje a saudade vem pra me fazer sentir um nada, exatamente como este dia, um dia em branco, mais um...
Sol, chuva, nuvens...que importa isso tudo hoje?! O que somos nós afinal??

Enganamo-nos, queremos (eu quero) acreditar num mundo bom, numa vida bonita, numa humanidade verdadeira...mas será isso mesmo? Ou apenas escondemos as coisas de nós, nos fazendo acreditar em fantasias, em sonhos...mantemo-nos pelas doces lembranças...esquecemos as tristezas...mentimos pra nós para esconder a realidade suja. Sufocamos o monstro em nós, queremos dar asas ao belo, queremos ser anjos de luz, queremos flutuar sobre as flores, ir para o céu...

Hoje não existe céu, não existe paz, apenas o monstro. Dane-se!
Estou cansada demais para medir qualquer palavra, não sinto pena dessa humanidade podre, onde poucos, pouquíssimos se salvam! Eu me salvo?! Não! Sou também a parte que mata, que fere, que maltrata! Não se justifica...

Sinto vergonha por todos aqueles que plantados nas salas de suas casas sequer lembram-se do nome do vizinho...sinto vergonha por todos que gastam seu dinheiro com besteiras inventadas apenas para estragar a saúde...sinto vergonha pela estupidez que existe em cada ser humano, pela falta de visão e de coragem de mudar...sinto vergonha pelos que tem medo de tentar, que passam a vida sem nunca tomar uma atitude para sair da merda onde se encontram...sinto vergonha porque o ser humano acredita mesmo que é quase um deus, mas esse deus que acreditamos ser é apenas o nosso monstro, o mostro dentro de cada um...
...e sinto vergonha de mim, por ser assim também.

Escolher as palavras melhor?! Dane-se novamente!
Sou tomada por um misterioso instinto de escrever ao estilo "auto-ajuda". Mas então hoje resolvi sair deste clichê no qual sem querer fui penetrando.

Mas ok...escolho agora uma palavra bem de acordo com meu estado de espírito hoje: kumori! ...mas entre nuvens negras...

Podem fechar as cortinas, no silêncio e sem aplausos, o artista nasce e morre no palco.
Na saída do teatro ninguém lembra o nome da peça, mas eu lembro, ela se chama: vida!

fantasia de humano

Estava Donnie no cinema com uma garota, ela dormia enquanto ele via o filme. Então Donnie (Darko) olha para o lado e lá está Frank, vestido como um coelho gigante e assustador. Aí vem uma das melhores partes do filme...
Donnie olha para Frank e pergunta:

- Por que você não tira essa fantasia estúpida de coelho?

Frank responde perguntando:

- Por que você não tira essa fantasia estúpida de homem?

...

É só isso mesmo. Porque as vezes a humanidade não é mais do que uma simples fantasia...

domingo, 16 de maio de 2010

trabalhar sem maquinar

Vou agora transcrever algumas palavras de Henry David Thoreau, referente ao modo de viver das pessoas. Eu acredito que o trabalho é de vital importância, mas há muito mais coisas de vital importância para nós...em fim, disse Thoureau:

"Por simples ignorância e equívoco, muita gente, mesmo nesse país relativamente livre, se deixa absorver por preocupações artificiais e tarefas superfluamente ásperas, que não pode colher os frutos mais saborosos da vida. A excessiva lida torna-lhes os dedos demasiado trêmulos e desajeitados para isso. Na realidade, o trabalhador não dispôe de lazer para uma genuina integridade dia a dia, nem se pode permitir a manutenção de relações mais humanas com outros homens, pois seu trabalho seria depreciado no mercado. Não há condições para que seja outra coisa senão uma máquina. Como pode ele ter em mente a sua ignorância- atitude indispensável ao crescimento interior- quando tem de usar seus conhecimentos com tanta frequência? Às vezes, antes de julgá-lo, deveríamos dar-lhe roupa e comida, além de chamá-lo para beber conosco."

Obviamente que o país relativamente livre de que Thoureau falou não era o Brasil. No Brasil toma-se isto muito ao pé da letra, mesmo que a grande maioria da população nunca tenha ouvido falar de Thoureau. Aqui se pensa em curtir a vida, no jeitinho brasileiro...e o resto que se dane! Nenhuma das coisas devem ser neglicengiadas, nem o trabalho, nem os prazeres da vida. É bom aprendermos a trabalhar para apreciar a nossa vida, não para os outros apreciarem...
Aos amigos a gente dá comida e os convida para beber conosco! Quanto aos outros, um pouco de trabalho também é remédio...
Egoísmo?? Não, isso é não tornar-se máquina, cada um que nasce com os dois braços, as duas pernas e uma cabeça boa tem perfeitas condições de trabalhar e sobreviver por si só. Mas normalmente são as pessoas que não tem estas perfeitas condições que são os maiores exemplos. E por que? Porque não contentam-se em obter os prazeres através de outros, querem buscar por si só, querem conquistar, querem sentir o sabor de vencer na vida!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

acalmando os sentidos

O sol reflete na janela entreaberta, uma manha linda se estende por toda minha volta! A intensa claridade ofusca-me a visão, mas não me importo...saindo de dias excessivamente úmidos e tensos faz muito bem uma manhã fria de luz e céu azul. Acalma o coração, nutre a alma, fortalece o corpo...

Uma calma profunda e serena aquieta todas as coisas, faz a manhã parecer eterna em seu despertar. Imensa é a vontade de sair pela janela, “andar” sobre as árvores, deitar em grama verde, verdadeira, nas montanhas lá adiante!

Paz, sim...é isto! Não há o que anime mais que um dia bonito e paz nos sentidos, sem grandes exaltações, nem extremos, apenas uma suavidade doce e constante...

terça-feira, 11 de maio de 2010

mal sintonizado

Cinza, entre chuviscos, como numa TV mal sintonizada...lentamente as cores foram reaparecendo...os contornos foram aparecendo, as formas surgindo. De repente estava de volta, cores e formas, tudo em seu lugar!
Engraçado mas dessa vez a chuva não me parece tão bonita, talvez seja o frio e a sensação constante de umidade, água nos pés, as mãos geladas, é uma sensação que não agrada muito. Fosse o sol a aparecer hoje certamente adoraria andar por aí sem rumo...mas assim, na chuva, tudo parece mais distante...
A distância é encurtada pelo sonho, a vontade de se aproximar, de seguir e de chegar. Quando ponto de partida e chegada estão no mesmo lugar pode parecer que não houve deslocamento...mas a experiência contradiz isto, prova que pode haver uma distância infinita entre dois pontos exatamente no mesmo lugar. Ou talvez não a experiência, mas o modo como se vive.

A ciência explica tudo...mentira! Ela tenta explicar e, não conseguindo, nega veemente tudo que não explica! É por isso que a ciência atrai tanta gente, porque é mais fácil simplesmente negar. Aceitar é outra coisa, para aceitar é preciso estar com mente aberta, coração límpido, longe do “kumori”...mas eu digo que aceitar é ainda mais difícil do que explicar, do que provar...mas é também o primeiro passo para compreender. Mas ok, nem sempre se compreende, até porque nem sempre é preciso compreender. A aceitação já é uma forma de compreender, não o fato, a coisa em si, mas o sentimento envolvido...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Branco

Branco...de repente tudo ficou assim! Um imenso universo branco, sem contornos, sem mais cores, uma união extrema entre tudo! Branco e sem movimento, branco, apenas isso, somente branco...

Às vezes é preciso aumentar o brilho da tela para ver os detalhes ocultos nas sombras...mas, cuidado! Brilho demais engana a percepção, cega mesmo!

Hoje é só isso...branco...

Réquiem

Nasci de madrugada, na escuridão e de olhos fechados...
Morri ao meio dia, sol a pino, claridade tamanha que cegava...
Vivi entre os dois extremos, entre claros e escuros, entre luzes e a falta dela.
Vivi entre vivos e mortos, entre o frio cortante e o calor sufocante, uma vida de dores infernais e prazeres celestiais!
Encontrei o amor em tudo que criei, do poema mais intenso à piada mais infame...um amor que era entrega, que era dedicação, o suor de minha face, as lágrimas de meus olhos, os sorrisos de meus lábios...solitário e melancólico, alegre e compreensivo...
Encontrei mais do que isso, encontrei uma sepultura lacrada, uma tumba vazia.
E de quem era esta tumba? Ela é minha, sim, a me esperar...
Mas hoje dou risadas para a morte, eu a vejo como uma criança pequenina, com a mesma face que a minha! Me espere pequena criança, espere bastante, pois não estou com pressa...eu caminho livre, paro e observo, sigo sem me importar com ela!

Eu respiro um ar rarefeito, e transpiro a coragem de seguir em frente. O ar se acaba mas não me importo, continuo prendendo a respiração até o fim. Lá no alto da montanha, quase pude tocar o céu!! Sim, a imensidão agora era toda minha, a minha volta tudo era branco, toda a dor sepultada juntamente com o medo que sentia...ali, naquele momento tudo vinha de encontro a mim. Naquele pequeno espaço de tempo, enquanto prendia o ar em meus pulmões eu podia sentir toda a vida percorrer-me, dos pés aos cabelos, cada gota de vida nutrindo minha alma! E então,
quando não pude mais segurar o ar, comecei a soltá-lo lentamente, minhas mãos tocando o nada e eu sentindo tudo a minha volta! O vento cortava-me a face, levava consigo todo pesar...e enquanto esvaziava os pulmões decidi não me despedir de nada...afinal, quem sabe realmente quando chega o fim?!

Eu canto um réquiem inacabado...

domingo, 9 de maio de 2010

Manhã de outono

Quando amanheceu o sol já estava lá, sua claridade esparramada sobre as montanhas, seu brilho reluzindo lá no céu!
Céu azul, nuvens brancas e esparsas, um céu que conduzia direto ao sol, o mais azul dos azuis, como a pintura derradeira do maior pintor!
O vento gélido fazia a ligação entre o céu e o sol, uivava, cantava, tocava como a mão mais suave, como o beijo mais desejado, como os lábios mais doces, o olhar mais sereno...
As árvores dançavam num imenso palco azul, iluminadas pelo amarelo do sol, impulsionadas pelo vento que soprava e soprava, varrendo os lamentos, trazendo consolo, transpondo a saudade! Dançavam com suas folhas, e galhos e algumas flores, balançando-se com a mesma sincronicidade das algas na maré cheia, dançando no ritmo das ondas do mar...
Sim!!!! Tudo é azul e imenso, é um mar sem água, é um oceano de sentimentos difusos que se unem, que contornam o tempo, dividem o espaço...aproximam-se (aproximaram-se) de mim hoje cedo, enquanto céu, sol, vento e alma eram um só!

A(hhh) liberdade!...aqui está, ela não vem de fora mas de dentro...ela não penetra, transpassa...o encontro entre vontade e persistência, entre o que é bom e necessário, um desapego, o sincero, o belo e virtuoso, a cura, a sabedoria...A árvore que cede ao apelo do vento forte e se mantém viva enquanto por um momento cede aos apelos desse vento, e depois novamente se ergue, altiva, firme como sempre...

Ser livre? É sentir-se livre, é olhar pro céu numa manhã de sol e abraçar as árvores...é ser uma árvore balançando ao sabor do vento, é viajar entre as folhas, é ser folha também, é ser vento, é amar o dia como ele surge...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Kumori

A chuva cai, a janela aberta faz o vento cortar o espaço.
A noite silenciosa desliza por entre os dias.
Os pássaros calados apenas observam, voam até o céu, buscam a chuva e descem com ela.
A grama cresce lentamente enquanto as folhas caem, o outono está aqui.
As nuvens passam apressadas, escuras como a noite, como o céu e a plumagem dos pássaros.
Há um encontro, um reencontro, uma busca entre dois extremos.
Buscamos a paz atacando com o ódio.
Buscamos sobreviver saciando nossa fome, enquanto matamos para isto.
É a morte que gera a vida, o caos que cria uma nova ordem, a dor que faz florescer a esperança.
É a tristeza que prova a alegria, é a saudade que procura a companhia...

Dias nublados não são tristes, são momentos de renascer, de ressurgir, de criar e florescer. A chuva quando cai transforma a semente em flor, leva a poeira dos caminhos, lava os rostos cansados. As nuvens não nos impedem de ver o sol, elas nos protegem a visão! As nuvens passam e se dissipam, e o céu sempre estará acima delas, mesmo na noite, na escuridão...apenas são os nossos olhos que não nos permitem ver direito.

Desânimo num dia nublado? É a cegueira coletiva e o medo de se molhar...
Não fechemos nossa casa (nós), deixemos sempre uma janela aberta, pode ser uma janelinha!